Tailândia, país budista, lançou jatos F-16 contra alvos militares no Camboja, em área de templos antigos disputada há século
Quinta 24/07/25 - 7h07
A tensão entre Tailândia e Camboja escalou nesta quinta-feira, com a realização de ataques aéreos pelas Forças Armadas tailandesas.
Usando caças F-16, o exército destruiu ao menos duas unidades de apoio militar cambojanas na região de fronteira disputada.
A operação é uma resposta à explosão de uma mina que feriu soldados no lado tailandês, em um episódio anterior.
A medida foi autorizada pelo 2º Comando Militar Regional e visa atingir exclusivamente estruturas militares.
Por sua vez, o Camboja condenou os bombardeios como uma agressão injustificada, afirmando que não houve aviso e acusando a Tailândia de violar sua soberania.
O conflito já deixou pelo menos 9 a 12 mortos, a maioria civis tailandeses, e dezenas de feridos.
Estima-se que cerca de 40 mil moradores de vilarejos fronteiriços da província de Surin, na Tailândia, foram evacuados preventivamente por receio de novos combates ou bombardeios.
Em resposta à escalada, ambos os países suspenderam relações diplomáticas: a Tailândia retirou seu embaixador e fechou todos os postos fronteiriços; o Camboja reagiu expulsando o embaixador tailandês e reduzindo o nível das relações.
O conflito reacende uma disputa histórica que remonta ao século passado e envolve áreas próximas a templos antigos como o Preah Vihear e Ta Muen Thom.
Malásia, China e os Estados Unidos vêm solicitando contenção de ambos os lados e medidas diplomáticas para evitar nova crise humanitária ou militar.
