DER admite que ponte de 1.054m sobre o Rio de São Francisco, em Maria da Cruz, passou só agora por sua segunda vistoria em 35 anos. E, afirma, "...não corre qualquer risco de sofrer colapso de sua estrutura"
Segunda 17/02/25 - 16h40DER-MG garante que ponte sobre o rio São Francisco, no Norte de Minas, não sofre risco de cair
A ponte sobre o rio São Francisco, na MGC-135, entre Januária e Pedras de Maria da Cruz, na região norte mineira, não corre qualquer risco de sofrer colapso de sua estrutura.
Esta foi a conclusão dos técnicos especializados do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) que vistoriam o local nesta sexta-feira (14/2).
Essa foi a segunda vez na semana que a ponte construída nos anos 1990, com 1.054m de comprimento e 12,7m de largura, passa por vistorias para reafirmar a sua solidez.
Toda essa mobilização foi realizada para tranquilizar a população da região que estava preocupada com a situação da estrutura depois que vídeos sem fundamentos, distribuídos na internet, começaram a questionar a existência de uma junta de dilatação e do fato dela balançar durante a passagem de veículos.
“Devido a sua grande extensão, a ponte foi construída em módulos separados e o espaçamento entre eles, tecnicamente chamado de junta de dilatação, serve justamente para que as partes não se atritem.
A estrutura, que pesa milhares de toneladas, foi dimensionada e concebida prevendo estas movimentações ou balanço, de forma absorver a energia de fatores externos como o tráfego de veículos e ventos, como também as variações decorrentes da dilatação do concreto em função das mudanças de temperatura.
Portanto, sem as juntas de dilatação e a flexibilidade do balançar, que são previstos nos projetos de engenharia, aí sim, a ponte correria o risco de não estar de pé”, explica o diretor de Construção do DER-MG, Anderson Tavares.
As pontes são projetadas para se adaptarem à dilatação do concreto.
Para evitar pontos de fadiga e fissuras, são previstas fendas entre os elementos estruturais. A movimentação de veículos sobre as pontes é a principal fonte de vibração.
Nos projetos é previsto a capacidade de carga e a movimentação destas ao longo do percurso.
O DER-MG entre as suas contratações e atividades a serem executadas em 2025/26 está a inspeção e elaboração de projetos para recuperação de 217 pontes e/ou viadutos, sendo que na área da Unidade Regional de Januária estão previstas ações nas pontes sobre o rio São Francisco e Poeira, ambas na MGC-135