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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de dezembro de 2024

Disputa eleitoral em Francisco Sá sobe para os jornais de BH. A disputa teve diferença de pouco mais de mil votos e a impugnação vai ser julgada

Quinta 10/10/24 - 9h23

Jornal O Tempo, de BH, às 7 horas:

Ex-mulher derrota suposta namorada de prefeito em Francisco Sá

A disputa entre a ex e a suposta namorada de Mário Osvaldo teve uma diferença de pouco mais de mil votos e pedido de impugnação de candidatura

Letícia Fontes e Gabriel Ferreira Borges

Ex-mulher do prefeito de Francisco Sá, Norte de Minas, Mário Osvaldo (Avante), a engenheira Alini Bicalho (PT) derrotou a candidata apoiada pelo ex-marido em uma disputa levada até o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A adversária era a nutricionista Késsia Ribeiro (Avante), apontada por moradores da cidade de 23.746 habitantes como suposta namorada de Mário e derrota por uma diferença de 1.193 votos.

Ainda antes de vencer Késsia com 51,45% dos votos válidos, Alini tentou impugnar a candidatura da suposta namorada do ex-marido. Em pedido feito à 115ª Zona Eleitoral de Francisco Sá, a coligação da ex-esposa, formada ainda por PCdoB, PV, PP e Mobiliza, alegou que Mário e Késsia teriam uma união conjugal e afetiva, “situação pública e notória em todo o município”, que se estenderia desde 2020, ainda durante o atual mandato do prefeito.

Para Alini, a união conjugal e afetiva seria inconstitucional. A prefeita eleita alegou que a Constituição considera inelegíveis “o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de Estado, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.

O Ministério Público Eleitoral chegou a defender a impugnação da candidatura de Késsia. Apesar de reconhecer que o relacionamento entre a nutricionista e Mário Osvaldo não poderia ser caracterizado legalmente como “união estável”, a promotora Joana D’Arc Alves defendeu que o romance teria ganhado “visível notoriedade” após a separação entre o prefeito e Alini, em julho de 2022. “A simples existência do concubinato já torna Késsia Ribeiro inelegível”, apontou Joana D’Arc.

Ainda antes de vencer Késsia com 51,45% dos votos válidos, Alini tentou impugnar a candidatura da suposta namorada do ex-marido. Em pedido feito à 115ª Zona Eleitoral de Francisco Sá, a coligação da ex-esposa, formada ainda por PCdoB, PV, PP e Mobiliza, alegou que Mário e Késsia teriam uma união conjugal e afetiva, “situação pública e notória em todo o município”, que se estenderia desde 2020, ainda durante o atual mandato do prefeito.

Para Alini, a união conjugal e afetiva seria inconstitucional. A prefeita eleita alegou que a Constituição considera inelegíveis “o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de Estado, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.

O Ministério Público Eleitoral chegou a defender a impugnação da candidatura de Késsia. Apesar de reconhecer que o relacionamento entre a nutricionista e Mário Osvaldo não poderia ser caracterizado legalmente como “união estável”, a promotora Joana D’Arc Alves defendeu que o romance teria ganhado “visível notoriedade” após a separação entre o prefeito e Alini, em julho de 2022. “A simples existência do concubinato já torna Késsia Ribeiro inelegível”, apontou Joana D’Arc.

Ao se defender, Késsia negou que more com Mário desde 2020, ainda antes da separação legal entre o prefeito e Alini. “A recorrida (Késsia) tem residência própria e não mora com o prefeito, porque não tem relação familiar com ele, não é sua esposa, companheira e muito menos foi sua concubina, embora os recorrentes insistam na configuração de uma entidade familiar”, defendeu a candidata, que teve 43,39% dos votos válidos.

Em entrevista ao Aparte ainda em agosto, Mário admitiu que já fez viagens particulares com Késsia, mas negou que ela seja sua namorada. "Eles querem impugnar (a Késsia), que é muito amiga minha. Pelo fato dela ser novinha e bonitinha, estão criando essa relação, que não existe. Não tem namoro. Nós já viajamos uma vez ou outra, mas não é relação. Eu já fui casado três vezes, com sete filhos, mais de R$ 30 mil de pensão, eu não quero mais mulher na minha vida", explicou na oportunidade.

Até agora, o TRE-MG não analisou o recurso de Alini. A prefeita eleita, ao ser questionada sobre o pedido de impugnação, se limitou a dizer que a ação está a cargo da sua equipe jurídica. “A vitória foi uma resposta da população à atual administração (de Mário Osvaldo). O povo quer ser respeitado e ouvido. O povo quer participar das decisões em relação às políticas públicas. Essa vitória foi do povo”, acrescentou a engenheira.

Também procurados, Késsia e Mário não responderam aos contatos da reportagem. Ao se manifestar em uma rede social após a apuração das urnas no último domingo, a nutricionista apontou que enfrentou “agressões verbais, morais e até físicas" durante a campanha. “Persistimos porque o nosso projeto era, acima de tudo, voltado para o bem da população. Essa foi uma campanha árdua, mas limpa, honesta e respeitosa. A vitória maior que carregamos é a de ter lutado com integridade e respeito por Francisco Sá”, disse a candidata derrotada.


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