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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 20 de maio de 2024
 

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Mensagem: DESMATAMENTO IBITURUNA JOSE PRATES Temos observado, de uns dias para cá, a insistência de reclamações contra o possível desmatamento da área de Ibituruna, parece-nos que no sopé dos montes claros. A veemência das reclamações é contra a iminência de um crime permitido pelo poder municipal contra a natureza, o que nos causou estranheza levando em conta o compromisso que as autoridades municipais têm de zelo com a coisa publica e preservação na natureza. Fomos depois verificar que o foco da questão são os lotes adquiridos por uma organização religiosa, num loteamento chamado Jardim Europa, ao que parece em plena floresta, onde se pretende construir, ao que tudo indica, um mosteiro para abrigar associados ou estudiosos da religião. Não conheço essa organização que se intitula Arautos do Evangelho, mas, pelo que fui informado, trata-se de uma Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, fundada pelo Cônego João Clá Dias, aceita pela Santa Sé, e com atuação em 50 países, no campo da evangelização e educação. O que nos chamou a atenção e causou estranheza foi o fato de uma associação religiosa, dedicada à evangelização que é o principio da conscientização do bem, estar envolvida em desmatamento que tem sido a causa de graves danos ao meio ambiente com sérias conseqüências ao homem. O procedimento dessa Associação é consciente porque quando adquiriu os lotes, obviamente, foi conhecê-los e constatou a sua localização. Além disso, as reclamações populares são excelentes meios de conscientização disto ou daquilo e, pelo que é visto na imprensa local, não houve qualquer reação dessa organização aos reclamos populares. A Prefeitura Municipal despertou e em atenção aos protestos que lhe chegaram pela imprensa, e que lhe conscientiza do mal que está por vir com o desmatamento, fez uma exposição através da mensagem 53628, publicada neste Mural, explicando teoricamente, o que ocorreu e ocorre quanto à legalidade do loteamento e do projeto dos Arautos, em andamento. Explica, apresentando documentos, que a Associação Arautos do Evangelho do Brasil, adquiriu em 7/07/2008, três (03) lotes no loteamento ibituruna - Jardim Europa (lotes 10, 11 e 12), todos na quadra “c” de um loteamento aprovado em 02/03/2004. O que nos causou estranheza foi o fato de que em 25 de novembro de 2008, quatro anos depois de autorizado o loteamento e dois meses depois da aquisição dos lotes pelos Arautos, exatamente quando resolveram limpa-los, quer dizer desmatá-los para construir, foi assinado o decreto número 2.561, dispondo sobre a classificação de zona de expansão urbana, a área de propriedade da Associação Arautos do Evangelho do Brasil (sic). E os outros lotes não o são? Por que somente essa área? As razões da expedição desse decreto não foi explicada pela Prefeitura no seu comunicado à imprensa local, o que deixa dúvidas quanto à sua validade. Em nossas pesquisas, não encontramos nos jornais da época, ou mesmo no montesclaros,com que já existia, nenhuma notícia de reclamações ou protestos populares contra o loteamento dessa área chamada de Jardim Europa, quando foi feito, em 2004, porque, naturalmente, não havia nenhum interesse manifesto de construir naquela área florestal, até que apareceram os Arautos manifestando o interesse estranho de construir. Estranho por quê? Porque na cidade, segundo noticias neste mural, ainda existe disponibilidade de terreno em locais adequados e livres para construção. Por que então escolher um terreno em plena floresta dos montes claros, indo de encontro ao que é legal? Por ignorância, não pode ser. Não se admite que as próprias autoridades locais ignorem a necessidade de manter o meio ambiente salutar, evitando os desmatamentos, onde quer que seja. (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores).

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