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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Vida pela arte Manoel Hygino Não sei se os 94 anos de idade me permitirão ir à Academia Mineira de Letras, no número 1.466 da rua da Bahia, para a posse de Ricardo Aleixo, membro da entidade da cadeira 31, cujo antecessor foi o mui caro e respeitável escritor Rui Mourão, que veio ao mundo um ano antes de mim. Estarei presente em espírito e coração. Sobre o novo acadêmico já se manifestara Jacyntho Lins Brandão, além de um belo número de autores outros. Declarou o presidente da AML: “Ricardo Aleixo é, sem dúvida, uma das vozes mais potentes e originais da poesia contemporânea. Ao aliar o ritmo do corpo ao da fala, obtém resultados de um rigor poético destacável, o que se mostra presente também em sua prosa. Seu ingresso na Academia é por nós todos com alegria celebrado”. Mas o confrade não estava só. A escritora e acadêmica Maria Esther Maciel estendeu o raciocínio: “Ricardo Aleixo é um dos poetas brasileiros mais inventivos e multidisciplinares da atualidade, com uma obra de notável consciência reconhecida no Brasil e no exterior. Literatura, música, dança, artes visuais e performáticas mesclam-se no rico repertório de práticas criativas do poeta mineiro, potencializadas pelas suas instigantes pesquisas e reflexões sobre as culturas afro-brasileiras e as questões raciais. Ele sabe, como poucos, conjugar estética e política, imaginação e lucidez crítica. Além disso, é professor emérito de universidades brasileiras, com uma bagagem intelectual admirável. Sua eleição para a AML é um grande presente para nós, integrantes da Casa, e para as Letras de Minas Gerais”. Mas Ricardo Aleixo já viajara para os Estados Unidos a cumprir programa na Universidade de Nova York. Antes de fazê-lo, contou para quem quis saber suas atividades na prosa ficcional, filosofia, antropologia, história, música, radioarte, artes visuais, vídeo, dança, teatro, performance e estudos urbanos. Ainda na infância, Aleixo iniciou sua formação artística como músico. Aos 17 anos, começou a compor, o que marcou seu primeiro contato com a poesia. O livro de estreia, “Festim, um desconcerto de música plástica”, foi publicado em 1992. Produtor cultural, foi um dos criadores do Festival de Arte Negra (FAM), em 1995, espaço importante voltado para a promoção da diversidade da herança cultural africana. Ricardo Aleixo lançou 20 livros. Com Modelos Vivos (2010) foi finalista dos prêmios Portugal Telecom e Jabuti. Com “Antiboi” (2017), ficou entre os finalistas do Prêmio Oceano. Em 2021, escritor recebeu da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o título de Notório Saber. Professor visitante da Universidade da Bahia (UFBA), é casado com a pesquisadora Natália Alves, vive atualmente em trânsito entre Salvador e Belo Horizonte.

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