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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Os perigos do poder Manoel Hygino Eleições cá e lá. Na África do Sul, o partido do grande Mandela perdeu pela primeira vez em trinta anos. Nos Estados Unidos, é extremamente difícil, ou impossível, prever quem será o futuro presidente. No Brasil, mais uma contenda municipal nas urnas em outubro próximo. Pelo voto no décimo mês do ano, poder-se-á adivinhar o nome do futuro chefe do governo, após o terceiro mandato de Luís Inácio. Ou será ele mesmo? A luta pelo poder encontra raízes na própria história do homem. A geração atual pretende alcançar o poder por vias outras que não as adotadas até aqui? Afinal, o que é o poder? Como chegar a ele? Há poucos dias, Dom Walmor de Oliveira Azevedo focalizou o tema com sabedoria. O arcebispo metropolitano alerta para problemas do aqui e agora. “O paradigma tecnocrático, fortalecido pela inteligência artificial e outros recentes avanços tecnológicos, vem alimentando a ilusória convicção de que não há limites para o ser humano. Esse paradigma alimenta-se monstruosamente de si próprio, conforme a indicação do Papa Francisco”. O nosso prelado observa que “pensa-se que a tecnologia pode levar o ser humano ao impossível. Há, pois, uma ideologia na base desse entendimento equivocado quando se pretende aumentar o poder humano para além de tudo o que se possa imaginar”. Aí, o engano. “Esse entendimento incapacita a humanidade para a indispensável compreensão de que tudo o que existe é uma dádiva que se deve apreciar, valorizar e cultivar, como aliás constitui o ensinamento do Pontífice, acrescentando que não se deve tornar escravo ou vítima dos caprichos da mente humana. Traduzindo, o que se adverte é para a urgente necessidade de se repensar o modo como se utiliza e se exerce o poder. Quer-se dizer: Nem todo aumento de poder significa progresso para a humanidade, bastando verificar com tecnologias sofisticadas a serviço do extermínio de pessoas. Isso se constata, a cada dia, bastando apenas estar atento aos noticiários dos veículos de comunicação. O progresso técnico é admirável, mas lastimavelmente carrega no seu reverso inúmeros horrores, pois não são acompanhados de uma irrenunciável responsabilidade. Esse detalhe se há de medir em caso de grandes conflitos ou de uma simples passagem aérea ou subterrânea nas vias públicas.

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